terça-feira, 31 de maio de 2011

Química

A química vem da palavra egípcia kēme (chem) e significa “terra”. É a ciência que estuda a natureza da matéria, suas propriedades e a energia envolvida no processo.

Um dos primeiros fenômenos químicos que o homem provavelmente viu foi ainda no período paleolítico, em que algum fenômeno natural provocou o fogo. O domínio do fogo permitiu grandes evoluções na vida do homem, que pôde caçar, aquecer alimentos, afugentar animais, iluminar a noite. Outra coisa que o fogo permitiu foi que, como os animais não se aproximavam do fogo, o homem passou a dormir por mais tempo, já que não tinha que se preocupar em ser predado, e dormir mais significou maior desenvolvimento no nosso cérebro.

Muitos anos se passaram até que se chegasse aos primeiros sinais de metalurgia por volta de 5000 a.C onde o homem já conhecia o cobre, o ouro e a prata que eram extraídos do solo e trabalhados com o martelo. Cerca de 2000 anos mais tarde, na mesopotâmia, se descobriu que ao misturar o cobre com um pouco de estanho surgia um metal mais resistente, o bronze. Através das técnicas metalúrgicas, em 1500 a.C surgiu o ferro o que começou a dita Idade do Ferro.

Por um longo tempo esses processos químicos foram utilizados para criar o que o homem queria, como no Egito que com processos químicos fabricaram o vidro, o papiro, extrair corantes, medicamentos, entre outros.

Mas mesmo com amplo conhecimento de técnicas de transformar a matéria ao seu redor, as civilizações até então nunca procuraram entender o porquê aquilo acontecia. A civilização que começou a tentar desvendar os mistérios desses fenômenos não poderia ser outra que não a grega. Houve várias teorias sobre como funcionava o nosso mundo como, por exemplo, Demócrito (460-370 a.C.) afirmava que tudo no mundo poderia ser dividido em partículas cada vez menores até que chegasse a uma partícula mínima que não poderia mais ser dividida que ele chamou de átomo, idéia que não se firmou na época, mas reapareceu séculos mais tarde. Aristóteles (384-322 a.C.) por sua vez dizia que a matéria poderia ser dividida infinitamente e que tudo era formado por quantidades variáveis de quatro elementos: terra, água, fogo e ar.

Por volta de 300 d.C surgiu a Alquimia. A alquimia se desenvolveu entre árabes e europeus e almejavam dois objetivos: A pedra filosofal e o elixir da longa vida. Acreditava-se na época que todos os metais, eram na verdade ouro, o “metal perfeito”, e que existia um fermento sólido que tiraria todas as impurezas do metal mais barato e o transformaria em ouro, era a chamada Pedra Filosofal. Já o elixir da longa vida era um misterioso remédio que poderia curar qualquer doença além de conservar a eterna juventude enquanto tomasse do elixir. Com essa incessante busca pela riqueza e vida eterna, muitas substâncias foram criadas como o ácido sulfúrico, ácido clorídrico, etanol e equipamentos como o almofariz e o alambique.

A busca se prolongou até o século XVI, quando Paracelsus (1493-1541) propôs que a alquimia deveria se preocupar mais com o aspecto médico, a Iatroquímica, e isso acarretou novas substâncias e equipamentos criados.

Lavoisier (1743 - 1794) é considerado o pai da química moderna (a química atômica). Ao introduzir a balança em seus experimentos, ele pesou os materiais antes e depois da experiência e notou que a massa era a mesma, percebendo então a lei química que provavelmente é a mais famosa na química “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

As teses de Lavoisier deram aos químicos uma compreensão sólida sobre reações químicas, e no século XIX surgiram teorias que consolidaram o átomo devido a Dalton (1766-1844) e da molécula por Avogadro (1776-1856), além de Mendeleyev (1834-1907) ordenar os elementos na tabela periódica.

Com o uso de equipamentos modernos conseguimos determinar as estruturas dos átomos e das moléculas, com precisão cada vez maior. Além disso, entre 1960 e 1969 conseguiu-se sintetizar cerca de 1,2 milhão de novos compostos. Tudo isso acabou sendo aplicado nas indústrias, resultando numa vasta tecnologia química.

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