quinta-feira, 30 de junho de 2011

História

A história é a ciência que estuda a ação do homem no tempo e a análise de processos históricos ocorridos, a história pode ser dividida entre pré-história que é o que ocorre antes da escrita e tem que estudar a partir da analise de arte rupestre, artesanatos, e objetos deixados pelo homem pré-histórico e após a escrita.

Após a escrita, a história pode ser dividida em 3 fases distintas: a fase Pré-científica que engloba as historiografias Grega, Romana, Cristã-medieval e Renascentista, a fase de transição, em que se destacam a historiografia Racionalista ou Iluminista e a historiografia Liberal e Romântica e, finalmente, a fase científica em que temos o Positivismo, o Historicismo, o Materialismo Histórico, no século XIX, e a escola dos "Annales" e a História Nova, em pleno século XX.

A história na Grécia começa com Heródoto, que é considerado o pai da história,no século V a.C. ao tentar separar qualquer aspecto mitológico na tentariva de investigação do passado, procurou alem disso estabelecer ligação entre os fatos históricos e os motivos deles terem ocorrido. Após Heródoto, outros historiadores gregos se destacaram como Tucídides e Políbio, Tucídides foi rigoroso na escolha de testemunhas e na tentativa de passar uma imparcialidade em seus textos. Políbio fez a transição da historiografia para os romanos.

A história Romana se destaca por Tito Lívio e Tácito, mas não ocorre grandes evoluções da historiografia grega para a romana .

Com a chegada da Idade Média há um retrocesso na historiografia ao apresentar relações teológicas , sendo que Deus passa a estar no centro das preocupações humanas, fazendo com o historiador se preocupe com o motivo da vinda do filho de Deus ao mundo e analisar suas repercussões.

Com a volta do Renascimento em que se acompanha o ressurgimento da herança cultural dos gregos e que ciências auxiliares da história começam a se desenvolver como é o caso da arqueologia, por exemplo.

Perto da Revolução Francesa, grandes filósofos como Voltaire, Montesquieu e Rosseauirão lançar bases filosóficas que irão mexer também com a História na qual se começa a atribuir maior importância às sociedades como um todo do que à grandes personalidades.

No século XIX a história entra em um movimento liberal e romântico que tinha grande simpatia com a Idade Média e introduz uma certa subjetividade na narrativa.

Augusto Comte dá as bases para o Positivismo que aplica a filosofia nas ciências da natureza e o papel do historiador passa a ser a pesquisa dos fatos e na sua organização tentando ser o Maximo impessoal possível.

Porque o rigor do Positivismo não seria, segundo alguns historiadores, integralmente aplicável às ciências humanas, assiste-se ao surgimento de um movimento denominado Historicista que passa a dedicar grande atenção à subjetividade e interpretação, embora aproveitando muito do método positivo. A História, que segundo os positivistas não deveria ser interpretada mas redescoberta, passa a constituir um processo pleno de subjetividade. É Ranke, que de alguma forma indica a evolução que se vai seguir, ao dar grande importância ao aspecto econômico na evolução das sociedades. No entanto, tal tendência só vira a concretizar-se com o aparecimento do Materialismo Histórico de Marx e Engels. Estes dois autores defendem que a História constitui, no seu essencial, uma "descrição" da luta de classes que sempre tem oposto explorados e exploradores. A economia passa a constituir um aspecto de capital importância na evolução das sociedades, nomeadamente no que toca à posse dos meios de produção. Marx divide a História em cinco grandes capítulos e introduz a noção de descontinuidade do processo histórico. O Homem passa a ter um papel mais modesto, passando o estudo das massas a ser mais atento. Há um aproveitamento da filosofia Hegeliana (Tese-Antítese-Síntese), defendendo Marx que a realidade não é a concretização do espírito do Homem, como afirmava Hegel, mas sim o "motor" que condiciona o espírito humano. Segundo Barraclough, o contributo do marxismo é fundamental pela nova orientação que é conferida ao processo histórico, orientação que irá culminar com a escola dos "Annales" e a História Nova.

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